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Moraes faz paralelo entre golpe e ofensiva nos EUA, e especialistas apontam recados a Eduardo Bolsonaro

Moraes alerta para a repetição de ações golpistas com apoio internacional de bolsonaristas, associando-as a tentativas de deslegitimação do Judiciário. Especialistas destacam a continuidade da mobilização contra instituições democráticas, evidenciando a pressão para obter anistias e influenciar a política brasileira.

Ministro STF Alexandre de Moraes compara a atual ofensiva de bolsonaristas no exterior com ações golpistas de 2022 e 2023, como os acampamentos por intervenções militares e o 8 de Janeiro.

Moraes destacou que ações de pressão dos EUA, como o tarifaço a produtos brasileiros e sanções a ele e outros ministros, seguem o mesmo modus operandi de uma organização criminosa liderada por ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em sua declaração, ele afirmou:

  • "Antes acampamentos na frente dos quartéis, invasão na praça dos Três Poderes..."
  • "O modus operandi é o mesmo... crise econômica gera crise social, que gera crise política..."

Especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo concordaram que os bolsonaristas estariam replicando táticas do 8 de Janeiro, visando apoio externo e buscando anistia.

A fala de Moraes ocorreu na abertura do semestre do Judiciário, com apoio dos presidentes da corte e de outros ministros.

Os pronunciamentos enfatizaram a defesa da soberania nacional e a independência do Judiciário, em resposta a sanções dos EUA contra o Brasil e autoridades.

Moraes alertou sobre pressões ao Legislativo, mencionando ameaças de Eduardo Bolsonaro a presidentes da Câmara e do Senado, caso não pautem anistia ou impeachment:

  • "Ameaças diretas... chantagem para tentar obter uma inconstitucional anistia."

O ministro associou essas ações a crimes como coação e obstrução, pelos quais Eduardo é investigado.

Ricardo Yamin e Welington Arruda, especialistas em direito, destacam a similaridade entre as investidas no exterior e ações anteriores, porém ressaltam que bolsonaristas contam com menos recursos atualmente.

Yamin comentou que "insuflar a população contra o Supremo" é uma continuidade dos ataques, enquanto Arruda apontou uma tentativa de internacionalizar o impasse político.

Elaini Silva, doutora em direito internacional, observou que Eduardo e aliados buscam benefícios pessoais ao atacar o ordenamento jurídico brasileiro, reafirmando a gravidade dessas ações em um contexto democrático.

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