Moraes fala em “traição à pátria” e em responsabilizar “pseudopatriotas”
Moraes promete responsabilizar "traidores da pátria" por ações contra o STF e ataca estratégias que visam desestabilizar o Brasil. A falta de apoio de colegas durante a crise revela divisões internas na Corte.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, declarou nesta 6ª feira (1º.ago.2025) que responsabilizará o grupo que chama de “traidores da pátria” por negociações com autoridades estrangeiras e ataques virtuais contra membros da Corte e suas famílias.
Moraes descreveu esse grupo como uma organização criminosa que age de forma covarde e traiçoeira, tentando submeter o STF a um Estado estrangeiro. Ele destacou que os responsáveis estão foragidos e escondidos fora do Brasil.
O ministro também se comprometeu a responsabilizar aqueles que fazem ameaças contra ele e os demais integrantes do STF. Moraes afirmou que essas pessoas incentivam e auxiliam atividades hostis ao Brasil e que serão integralmente responsabilizadas.
Ele mencionou a existência de provas de uma “negociação espúria”, que resultou na taxação de 50% em produtos brasileiros importados pelo governo Trump. Para Moraes, essas práticas constituem atos de traição ao Brasil e visam criar uma crise econômica e política para favorecer interesses pessoais.
Na abertura do Judiciário, Moraes enfatizou a falta de consenso no STF, observando que cinco dos 11 ministros não compareceram a um jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa ausência ilustra a divisão dentro do Supremo, principalmente após a recusa em assinar uma carta em apoio a Moraes.
O ministro expressou sua decepção com a falta de apoio dos colegas, que consideraram imprópria uma declaração conjunta contra decisões dos EUA.