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Moraes é juiz com 'poder excessivo' e Supremo deve exercer 'moderação', diz The Economist

A revista The Economist alerta que o Supremo Tribunal Federal precisa restaurar sua imagem de imparcialidade para manter a confiança da população. O artigo critica o excesso de poder dos juízes, especialmente de Alexandre de Moraes, e aponta para a urgência de regulamentações sobre a liberdade de expressão no país.

The Economist publica artigo criticando o Supremo Tribunal Federal (STF) e sua necessidade de moderação para evitar crise de confiança.

O STF deve julgar ex-presidente Jair Bolsonaro sobre suposta trama golpista no Plenário para restaurar sua imparcialidade. O caso, atualmente na Primeira Turma, é presidido por Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, aumentando a percepção de parcialidade.

Criticas são direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, que exerce poderes amplos alvos de atores de direita. A revista argumenta que decisões monocráticas por juízes em questões sensíveis devem ser evitadas.

O artigo menciona que a democracia brasileira sofreu um "duro golpe" nos últimos 20 anos, destacando que todos os presidentes desde 2003 foram acusados de corrupção.

A revista critica a concentração de poder no STF, citando decisões de Moraes, como o bloqueio de plataforma X e remoção de contas bolsonaristas.

Em sua defesa, Moraes afirmou que não há necessidade de um código de ética para o tribunal. O Congresso deveria, após o julgamento de Bolsonaro, regulamentar a liberdade de expressão online.

O artigo conclui que o STF age legalmente, mas alerta para uma "ameaça tripla": deterioração da qualidade das decisões, perda de apoio público e risco de suas ações afetarem a liberdade.

Apenas 12% da população considera o STF eficiente, uma queda significativa em comparação com 31% em 2022, indicando uma crise de confiança nos poderes do Brasil.

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