Moraes diz que punições tentam coagir STF e chama de 'covarde' quem foge do Brasil
Moraes reafirma a autonomia do STF e critica brasileiros que buscam sanções externas. O ministro destaca que a Corte não se renderá a tentativas de coação que ameacem a soberania nacional.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta sexta-feira (1) a atuação de brasileiros que fogem para os EUA e tentam coagir o Brasil. Ele chamou essas ações de “covardes”.
Moraes foi sancionado na quarta-feira (30) pela Lei Magnitsky, que bloqueia bens e contas na jurisdição americana. Em discurso, ele reafirmou que o STF não se renderá a coações externas.
“A soberania nacional não deve ser vilipendiada ou extorquida”, ressaltou Moraes. Ele acusou brasileiros de estar instigando atividades hostis. O ministro garantiu que a Corte continuará seu trabalho, ignorando as sanções.
Antes de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes defenderam a autonomia do STF e reiteraram que não cederão a pressões externas. O presidente Lula se reuniu com ministros do STF após a sanção, ressaltando que tentativas de intromissão no Judiciário não são aceitáveis.
A sanção do governo americano mencionou nominalmente Eduardo Bolsonaro, e o STF seguirá com o julgamento sobre o ex-presidente por crimes relacionados a uma trama golpista. As discussões sobre o caso devem começar em setembro.
A Lei Magnitsky impõe sanções financeiras e proíbe a entrada de Moraes nos EUA, mas o ministro afirmou que não possui bens no país, minimizando o impacto da punição.
Cena Política: ministros criticam a sanção americana em conversas reservadas, considerando-a um ataque ao STF e à autonomia da Justiça brasileira.