Moraes dá bronca em ex-chefe do Exército por apresentar versão branda em depoimento sobre suposto golpe

General Marco Antônio Freire Gomes apresenta versão menos incisiva ao STF sobre encontros com Jair Bolsonaro.

Nos encontros, o ex-presidente discutiu alternativas para um possível golpe de Estado após a vitória de Lula. O ministro Alexandre de Moraes advertiu Freire Gomes sobre a necessidade de não omitir informações significativas.

Durante seu depoimento, o general confirmou presença em uma reunião no Palácio da Alvorada em 7 de dezembro de 2022, onde um assessor de Bolsonaro apresentou propostas envolvendo o uso das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem, estado de defesa ou estado de sítio.

Freire Gomes declarou que a proposta não surpreendeu os líderes militares e aguardavam mais esclarecimentos. Ele também se opôs a qualquer tentativa de ruptura democrática e refutou a declaração do brigadeiro Baptista Júnior de que teria ameaçado prender Bolsonaro.

O general mencionou o apoio do almirante Almir Garnier Santos a Bolsonaro, mas não considerou conluio. Moraes questionou essa posição, e Freire Gomes reafirmou sua posição sobre o apoio do almirante.

Esse depoimento é crucial para a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros ex-ministros, que enfrentam acusações de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O STF já convocou mais de 80 testemunhas para prestar depoimentos, e o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica foi adiado. Após as eleições, Bolsonaro teria incentivado a formação de acampamentos golpistas e discutido intervenções no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atualmente, ele é réu no STF e está inelegível até 2030.

Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Fernando Dias