Moraes cobra exames completos após contradições sobre saúde de Collor
Defesa de Collor enfrenta exigência de documentação referente ao diagnóstico de Parkinson. Ministro Moraes destaca contradições entre declarações do ex-presidente e informações médicas apresentadas.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 48 horas para que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente a íntegra dos exames que comprovam o diagnóstico de Parkinson.
A decisão segue inconsistências entre os documentos médicos apresentados e as declarações do próprio Collor.
A defesa alegou comorbidades como Parkinson, transtorno bipolar e apneia do sono grave, solicitando a conversão da pena em prisão domiciliar humanitária.
Entretanto, Moraes indicou a falta de exames entre 2019 e 2022 que comprovem o diagnóstico. Ele determinou: “Esclareça a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022.”
A situação se complicou após a audiência de custódia na última sexta-feira (25), onde Collor afirmou que não sofre de nenhuma doença e não usa medicamentos, contradizendo sua defesa.
Collor está preso desde a última sexta-feira, com condenação de 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquema com a BR Distribuidora entre 2010 e 2014.
No STF, a manutenção da prisão de Collor foi decidida por 6 votos a 4. Votaram a favor da prisão: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Foram contrários: André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques. Cristiano Zanin se declarou impedido.