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Moradores de Belém criticam ‘racismo ambiental’ em obra da COP30

Moradores da Vila da Barca reclamam da construção de esgoto que desconsidera suas necessidades e causa impactos negativos à comunidade. Autoridades afirmam que projeto de saneamento beneficiará a área, mas lideranças locais questionam a transparência e eficácia das promessas.

Obras para a COP30 em Belém estão gerando preocupação em moradores da Vila da Barca, a quarta maior favela do Brasil.

Os residentes se opõem à construção de um sistema de esgotamento sanitário na comunidade, alegando que dejetos de bairros nobres estão sendo despejados em uma fossa aberta.

Moradores, como Suane Barreirinhas, afirmam que não foram apresentados estudos de impacto ambiental e que a obra não contempla a inclusão de suas casas no novo sistema de esgoto.

Professores e outros líderes comunitários expressam que a obra não traz benefícios, já que suas casas não têm saneamento básico e estão expostas a problemas como peperação de dengue e inundações.

O secretário de Infraestrutura, Adler Silveira, afirma que o projeto incluirá a conexão das casas da Vila da Barca ao sistema, mas os moradores contestam esta informação.

Uma nova reunião entre moradores e autoridades da obra está agendada para dia 7 de março, com a possibilidade de revisão da postura do governo.

O prefeito de Belém, Igor Normando, reconhece um erro de comunicação sobre os objetivos da obra, mas defende que a revitalização da área irá beneficiar os moradores.

Residentes temem que a situação seja parte de um plano para especulação imobiliária na comunidade, intensificando a pressão para a saída da população.

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