Moradores da favela do Moinho fazem barricadas e colocam fogo nos trilhos da CPTM
Conflito entre moradores e Polícia Militar na favela do Moinho gera barricadas e suspende circulação de trens. Enquanto a comunidade lida com a tensão e o medo da desocupação, retorno à normalidade enfrenta críticas sobre a oferta de moradias.
Moradores da favela do Moinho, em São Paulo, enfrentaram tensão após invasão da Polícia Militar na comunidade.
Na sexta-feira (18), por volta das 13h, os policiais ordenaram o fechamento de lojas e utilizaram spray de pimenta contra os residentes, gerando relatos de agressões.
Em resposta, moradores ergueram barricadas e atearam fogo nos trilhos da CPTM. A chegada dos bombeiros foi necessária para controlar as chamas, enquanto unidades do Baep se posicionaram na área.
Um líder comunitário atuou como mediador, negociando a retirada das barricadas e a extinção do fogo após a saída dos policiais. Apesar da desobstrução, a tensão permanece na favela.
A CPTM suspendeu a circulação dos trens entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz, com normalização a partir das 15h44.
A situação é agravada pela iminente desocupação da favela, com 86% das famílias aceitando a proposta do governo, embora muitos temam uma remoção forçada.
O plano da CDHU não prevê remoção em massa, oferecendo auxílio aluguel de R$ 800 enquanto aguardam novas moradias, mas críticas surgem sobre a disponibilidade das unidades, que estão em construção.
Na terça-feira anterior, um protesto contra o plano do governo resultou em confrontos com a Polícia Militar, onde motociclistas tentaram furar bloqueios, intensificando a tensão com as forças de segurança.
Publicado por Sarah Paula
Reportagem produzida com auxílio de IA