Moody’s: perspectiva de 21 instituições financeiras deixa de ser positiva, em linha com o Brasil
Moody's altera perspectiva de 21 bancos brasileiros para estável, refletindo preocupações com a solvência do governo. A mudança destaca a urgência de ajustes nas contas públicas para melhorar a confiança dos investidores.
Moody's revisa perspectivas de 21 instituições financeiras brasileiras
A agência Moody’s alterou as perspectivas de 21 instituições financeiras do Brasil de positiva para estável para depósitos de longo prazo, ratings de dívida e emissores. Todas as classificações foram afirmadas.
A mudança foi motivada pela classificação do rating soberano Ba1 do governo brasileiro, que também teve sua perspectiva alterada para estável em 30 de setembro.
Dentre as instituições destacadas, estão:
- Banco do Brasil
- BNDES
- Itaú Unibanco
- Bradesco
- Banco da Amazônia
- Banco do Nordeste
- Caixa Econômica Federal
- Santander
- BTG Pactual
- Sicredi
- Safra
- Banco ABC Brasil
- Daycoval
- Citibank Brasil
- XP
- Banco Modal
A perspectiva positiva anteriormente sinalizava menor probabilidade de calote. Com a mudança, a necessidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ajustar as contas públicas se torna urgente.
A Moody's explicou que a qualidade do crédito soberano afeta a posição de crédito das instituições no Brasil. Com a mudança, a probabilidade de elevação dos ratings das instituições em conjunto com o soberano foi reduzida.
A classificação afirmada inclui:
- BCAs (avaliações de crédito base) para 15 bancos
- Ratings de depósito de longo prazo para 14 bancos
- 7 instituições com ratings de dívida sem garantia
- CFR e ratings de emissor para 5 instituições
Os ratings de depósito em moeda local e estrangeira para BB, BNDES, Itaú e Bradesco foram mantidos em Ba1. Porém, não houve elevação dos ratings, limitados ao rating soberano do Brasil.
CRRs e CRAs de longo prazo em Baa3 foram reafirmados para os quatro bancos analisados, assim como os ratings das entidades relacionadas.