Montadoras avisam a Lula que vão demitir se vier pacote pró-China
Montadoras alertam sobre perdas econômicas e demissões em massa devido à nova norma do governo. Medida pode resultar em um corte de R$ 60 bilhões nos investimentos planejados e a extinção de até 60 mil postos de trabalho na cadeia produtiva.
Montadoras enviam carta a Lula
Em 15 de junho de 2025, os presidentes das quatro principais montadoras atuantes no Brasil enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alertando sobre o impacto de uma nova norma.
Essa medida, coordenada pelo ministro Rui Costa (PT), visa incentivar a produção de carros com peças produzidas 100% no exterior. As montadoras chinesas são as mais beneficiadas.
Com o sistema SKD (Semi Knocked Down), praticamente não há contratação de fornecedores locais, resultando em pouca geração de empregos.
O recente anúncio de R$ 180 bilhões em investimentos no Brasil sofrerá um corte de R$ 60 bilhões, reduzindo a expectativa de criação de 10.000 empregos.
Cerca de 5.000 funcionários já empregados deverão ser demitidos, com um efeito em cadeia que pode atingir 50.000 postos de trabalho na cadeia de fornecedores de peças.
Até o momento, Lula não respondeu à carta, que contou com a assinatura de montadoras como Volkswagen, Toyota, General Motors e Stellantis.
A correspondência também foi enviada para Rui Costa e Geraldo Alckmin (PSB), ministro da Indústria e Comércio. Rui Costa, ex-governador da Bahia, é ligado ao investimento da chinesa BYD, que se beneficiará da nova norma.