Momento atual reforça aposta em ativos privados, diz diretor da BlackRock em LatAm
BlackRock alerta que tarifas elevadas de Trump podem causar estagnação econômica e volatilidade nos mercados. A gestora destaca oportunidades em setores emergentes, mas projeta crescimento reduzido e inflação elevada no curto prazo.
Políticas comerciais de Trump afetando mercados
A BlackRock avisa que as tarifas médias elevadas de Donald Trump resultarão em volatilidade do mercado e perda de valor das ações. Em entrevista, Aitor Jauregui, diretor da BlackRock para a América Latina, destacou que o pacote de tarifas anunciado no dia 2 continua a afetar os mercados.
A BlackRock prevê crescimento reduzido e inflação crescente no curto prazo, enquanto a resposta da China, com tarifas de 84% sobre produtos americanos, intensifica as tensões.
Jauregui afirmou que a BlackRock diminuiu a exposição a ações e aumentou a alocação a títulos do Tesouro dos EUA, buscando proteção contra a volatilidade.
- Megatendências da BlackRock:
- Divergência demográfica
- Disrupção digital e IA
- Fragmentação geopolítica
- Transição energética
- Evolução da arquitetura financeira
Investidores estão diversificando seus portfólios, priorizando ouro, títulos vinculados à inflação, e mercados privados. A BlackRock busca adaptar sua estratégia de investimentos, prevendo uma nova composição de 50% em ações, 30% em títulos e 20% em ativos privados.
Jauregui alertou que se as tarifas dos EUA subirem de 10% para até 25%, isso poderá causar estagnação econômica. Contudo, ele acredita que esse cenário não é o mais provável atualmente.
Bancos, como o JPMorgan e o Goldman Sachs, já sinalizaram previsões de recessão devido às tarifas. Para a BlackRock, a América Latina se encontra em uma posição relativamente melhor que a Ásia, aproveitando a alta dos preços das commodities.
O preço do ouro, atualmente em um recorde de US$ 3.100, é visto como um ativo defensivo em tempos de alta volatilidade.