Mitos e verdades sobre o Drex: BC explica por que não aumentará controle sobre cidadãos
Debate sobre o projeto Drex gera polêmica entre políticos e especialistas, com preocupações sobre o controle financeiro da população. Coordenador do BC garante que a privacidade e a não descontinuação do papel-moeda são prioridades do projeto.
Debate sobre o Drex tomou conta do cenário político brasileiro, com críticas visando a iniciativa de tokenização financeira.
O projeto, iniciado na gestão de Roberto Campos Neto e herdado por Gabriel Galípolo no Banco Central (BC), poderá permitir controle excessivo sobre a vida financeira dos cidadãos, segundo críticos como o ex-deputado Eduardo Bolsonaro.
Bolsonaro é signatário de um abaixo-assinado contra o Drex, afirmando que a implementação da moeda digital culminará em um monitoramento severo das transações. Para a deputada Júlia Zanatta, isso implicaria em controle total sobre as finanças pessoais.
A crítica ao projeto se intensificou após Donald Trump proibir, nos EUA, a criação de uma CBDC (moeda digital de banco central).
O Drex pretende ser uma CBDC e funcionará apenas para operações entre bancos, salvaguardando a privacidade individual, conforme assegurou o coordenador Fabio Araujo.
Araujo destacou que os dados dos usuários não são identificáveis na rede DLT do Drex. Somente os bancos terão acesso às informações necessárias, sem exposição de CPF ou nome.
A proposta do Drex visa criar um sistema com novas possibilidades, mantendo os serviços tradicionais intactos. Araujo afirma que não haverá a proibição do uso de dinheiro em espécie.
- O BC manterá controle de saldos bloqueados apenas por ordem judicial.
- Uma solução de privacidade foi desenvolvida para proteger transações, mas ainda não totalmente eficaz.
- Cinco ferramentas de privacidade foram testadas, sem sucesso completo.
O projeto do Drex busca evitar problemas semelhantes a colapsos de stablecoins, garantindo a custódia do dobro das reservas junto ao BC.
Araujo ressalta que a visibilidade do BC é essencial para detectar possíveis irregularidades nas instituições financeiras.