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Minoritários da Eletrobras aumentam pressão sobre nomes indicados para o conselho

Acionistas minoritários contestam as indicações da administração da Eletrobras para o conselho de administração, gerando uma possível reestruturação na liderança da empresa. A assembleia geral ordinária marcada para abril poderá definir o futuro estratégico da companhia em meio a reformas e vendas de ativos.

A Eletrobras enfrenta turbulências após acionistas minoritários se oporem às indicações para o conselho feitas pela administração.

Em uma carta divulgada na quinta-feira (10), a empresa, sediada no Rio de Janeiro, pediu apoio aos acionistas para os candidatos indicados pelo CEO Ivan Monteiro.

A direção destacou que as escolhas estão alinhadas com os “objetivos estratégicos de longo prazo” e a necessidade de uma “renovação controlada do conselho”.

A disputa pode remodelar uma das maiores empresas do país enquanto a Eletrobras passa por reformas e uma importante venda de ativos.

A empresa ainda busca a aprovação dos acionistas para um acordo com o governo brasileiro, considerado um “marco histórico”.

Entre os indicados estão:

  • Carlos Márcio Ferreira, ex-presidente do conselho da Eneva.
  • Pedro Batista de Lima Filho, com apoio de várias gestoras.

A assembleia geral ordinária está marcada para 29 de abril.

Juca Abdalla, do Banco Clássico, reconduziu seu nome, enquanto quatro fundos estão apoiando Marcelo Gasparino e Rachel Maia.

Gasparino, defensor dos acionistas minoritários, pediu um voto de confiança e propõe um pagamento de dividendos mais agressivo. Ele afirmou que a Eletrobras gera um volume significativo de caixa.

Um relatório da Institutional Shareholder Services (ISS) recomenda voto em Abdalla e Gasparino, argumentando que isso aumentaria a representação no conselho.

O governo também planeja reformas no setor elétrico a serem propostas ao Congresso no primeiro semestre.

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