Ministros do STF veem interrogatório de Bolsonaro ‘dentro do script’
Magistrados consideram depoimentos previsíveis e sem novos desdobramentos. A fase de interrogatórios se encerra e o julgamento pode ocorrer entre setembro e outubro.
Ministros do STF avaliam interrogatório de Jair Bolsonaro como "sem novidades" e "dentro do script".
Para os magistrados, o ex-presidente seguiu um roteiro esperado, sem apresentar novos elementos e tentando afastar as acusações contra ele.
A avaliação também se aplica a outros réus interrogados, com depoimentos que somaram aproximadamente 15 horas. A expectativa é que os relatos se concentrem na negação dos fatos imputados.
Encerrada esta fase, os acusados poderão se manifestar sobre novas diligências, antes das alegações finais, que precedem o julgamento.
No seu depoimento, Bolsonaro afirmou que nunca endossou um golpe de Estado e negou ter visto uma minuta sobre o assunto. Justificou sua ausência na posse de Lula, evitando "a maior vaia da história do Brasil", e reiterou críticas ao sistema eleitoral, expressando dúvidas sobre as urnas eletrônicas.
Em março, a Primeira Turma aceitou uma denúncia da PGR, tornando Bolsonaro e mais sete réus acusados de integrar o núcleo do planejamento golpista. Testemunhas, incluindo ex-comandantes militares e o atual governador de São Paulo, foram ouvidas.
A expectativa é de que o julgamento ocorra entre setembro e outubro, com os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia participando da decisão sobre a condenação ou absolvição dos réus.