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Ministro reconhece demora em atuação sobre descontos do INSS

Ministro da Previdência admite falhas na apuração de descontos indevidos em benefícios do INSS, após investigação da Polícia Federal. Lupi pede maior agilidade nas investigações e defende punições para os envolvidos no esquema de R$ 6,3 bilhões.

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reconhece demora na apuração de descontos indevidos em benefícios do INSS.

Uma investigação da Polícia Federal revelou que associações e sindicatos arrecadaram R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024 com um esquema ilícito.

Lupi afirmou que “levou-se tempo demais” para apurar as denúncias e que o INSS já reunira dados sobre os descontos desde setembro de 2024.

Ele defendeu a prisão de funcionários envolvidos com as atividades ilícitas, mas ressaltou que não se deve generalizar todos como criminosos.

Funcionários do INSS já foram demitidos, incluindo o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.

Lupi justificou o atraso na apuração pela redução do pessoal do INSS, que atualmente conta com cerca de 21.000 funcionários.

A auditoria revelou que os descontos em folha muitas vezes foram realizados sem a devida autorização dos beneficiários, com 54,56% dos casos analisados não apresentando documentação comprobatória.

O relatório indicou que R$ 3,07 bilhões foram repassados às entidades de janeiro de 2023 a maio de 2024, afetando 7,69 milhões de brasileiros.

A investigação evidenciou que as entidades cadastraram aposentados sem autorização, usando documentos falsos e realizando descontos automáticos indevidos.

A Polícia Federal afastou 6 pessoas de suas funções e apreendeu bens, como carros de luxo e joias, durante a operação.

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PF