Ministro Haddad fica com o ônus dos recuos do governo, dizem especialistas
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta novos desafios após recuo em aumentos de IOF. Especialistas questionam a coesão decisória do governo e apontam desgaste de sua imagem diante de pressões políticas.
Nova polêmica: O pacote do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou controvérsias e recuos, afetando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que assume o papel de "bombeiro" em momentos críticos.
Cientistas políticos afirmam que Haddad absorve o ônus das decisões do governo para proteger o presidente Lula.
Após o recuo nos aumentos das alíquotas do IOF, Haddad declarou que o governo deverá decidir até o final da semana como compensará a arrecadação.
De acordo com Creomar de Souza, da Dharma, Haddad enfrenta desgaste desde setembro do ano passado. Ele não está mais próximo de Lula, o que afeta sua influência no governo.
Rafael Cortez, da Tendências, destaca que Haddad paga o custo político de aumentar a arrecadação. No entanto, espera que o ajuste orçamentário de 2025 siga a linha do seu trabalho, apesar das incertezas.
Souza lista episódios em que a equipe econômica teve que recuar, como a taxação de produtos importados, mudanças nas regras do Pix, e os novos ajustes no IOF. Ele critica a falta de coesão e estratégia do governo.
Souza conclui que essas cenas criam uma imagem de um governo sem convicção, que recua sob pressão, enquanto Haddad tenta promover um debate sobre justiça tributária, mas enfrenta resistência.