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Ministro fala em “resposta” alemã se Israel anexar Cisjordânia ocupada

Ministro alemão alerta sobre consequências da anexação da Cisjordânia por Israel e defende a criação de um Estado palestino. A viagem à região busca apurar a crise de fome em Gaza e reforçar a necessidade de um processo de paz.

Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, emitiu comunicado antes de viajar a Israel e à Palestina. Ele declarou que a Alemanha “será obrigada a responder” a “ameaças” de anexação da Cisjordânia.

Wadephul informou que um crescente número de países, incluindo na Europa, está disposto a reconhecer um Estado palestino, mesmo sem negociações prévias.

Após o anúncio da França de reconhecer o Estado palestino em setembro, outros países do G7, como Reino Unido e Canadá, também sinalizaram apoio.

"A Alemanha também será obrigada a responder", reiterou o ministro, enfatizando que medidas unilaterais por parte de Israel, como anexações, serão questionadas.

A viagem tem como objetivo apurar a situação em Gaza devido à crescente preocupação internacional com a crise de fome na região.

As declarações de Wadephul são a advertência mais forte da Alemanha a Israel desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas.

Críticos argumentam que a resposta da Alemanha é excessivamente cautelosa, relutante devido ao histórico do Holocausto, o que poderia enfraquecer a pressão ocidental sobre Israel.

Wadephul reafirmou que uma solução sustentável requer a coexistência de dois Estados e que o processo de paz “está em uma encruzilhada”.

A coalizão do governo de Netanyahu inclui partidos de extrema-direita que apoiam a anexação da Cisjordânia.

Desde o início do conflito, mais de 60.000 palestinos foram mortos, e há crescente número de civis enfrentando desnutrição devido a restrições humanitárias em Gaza.

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