Ministro das Relações Exteriores de Israel rejeita pressão internacional por cessar-fogo em Gaza
Ministro israelense afirma que cessar-fogo só fortaleceria o Hamas e agravar a crise. A situação humanitária em Gaza se deteriora rapidamente, com alarmantes índices de fome e necessidade urgente de ajuda.
Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, rejeitou pressão internacional por um cessar-fogo na guerra em Gaza e pelo reconhecimento de um Estado palestino.
Saar criticou a campanha, afirmando que encerrar o conflito enquanto o Hamas estiver no poder e mantendo reféns seria uma "tragédia tanto para israelenses quanto para palestinos".
A pressão para um cessar-fogo aumentou nas últimas semanas, visando permitir que organizações humanitárias levem ajuda a Gaza, onde a fome é descrita como "em curso" pela ONU.
Durante uma coletiva em Jerusalém, o ministro destacou que o Hamas é o principal responsável pelo conflito e que a pressão sobre Israel só reforça a intransigência do grupo.
Saar questionou: "Quando pedem para encerrar esta guerra, o que isso significa realmente?", e acrescentou que um Estado palestino atualmente seria um "Estado do Hamas".
A crise humanitária em Gaza atinge níveis alarmantes, com o relatório IPC classificando a situação como letal. O lançamento aéreo de mantimentos por Israel não é suficiente para reverter a catástrofe.
As últimas informações indicam que um em cada três habitantes da Faixa de Gaza vai vários dias sem comer.
Mais de 20 mil crianças foram tratadas por desnutrição aguda desde abril, com um aumento nas mortes relacionadas à fome.
O consórcio de ajuda humanitária alerta que uma ação imediata é necessária para evitar "mortos em massa" em Gaza.