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Ministro da Suécia se diz chocado com vínculo do filho adolescente com neonazistas

Caso do filho de ministro sueco gera pressão sobre governo e levanta questões sobre extremismo de direita. Johan Forssell afirmou estar "chocado" e anunciou que prestará esclarecimentos em comissão parlamentar.

Ministro da Migração da Suécia, Johan Forssell, confirma que seu filho de 16 anos tem vínculos com organizações extremistas de direita.

Forssell irá prestar esclarecimentos em uma comissão parlamentar, o que pressiona o governo sueco que depende do apoio da ultradireita para aprovar projetos.

Ele se disse "chocado e horrorizado" e alertou outros pais sobre a vigilância nas redes sociais dos filhos.

A situação veio à tona após a revista antirracista Expo revelar que um "parente próximo" de um ministro sueco é membro ativo de grupos supremacistas brancos. O familiar teria ligação com o Movimento de Resistência Nórdico, de ideologia neonazista.

Embora reconheça o envolvimento do filho, Forssell negou qualquer crime e afirmou que tomou ciência das atividades há algumas semanas pelo serviço de segurança.

O ministro condenou "todas as formas de extremismo político" e disse que teve conversas sinceras com o filho, que se mostrou arrependido.

Após as revelações, o Partido de Esquerda chamou Forssell para depor, recebendo apoio de outros partidos de oposição.

O governo minoritário do primeiro-ministro Ulf Kristersson é criticado por não combater o extremismo de direita. Kristersson declarou apoio a Forssell, enfatizando a responsabilidade parental em casos como este.

Forssell afirmou que não deixará o cargo e que não se pronunciou publicamente antes para proteger seu filho menor.

A cientista política Marja Lemne aponta que as revelações são embaraçosas para o governo, especialmente diante da proposta de exigir que migrantes tenham uma "vida honesta" para evitar deportação, e acredita que isso pode impactar as eleições de 2026.

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