Ministro da Previdência’ diz que ‘alarmes’ contra fraudes no INSS foram desligados durante governo Lula
Ministro da Previdência revela que mecanismos de alerta contra fraudes no INSS foram desativados no início do governo Lula. Ele atribui responsabilidade ao Instituto, mas aponta que a prática de fraudes se intensificou durante gestões anteriores.
Ministro da Previdência, Wolney Queiroz, declarou que mecanismos de alerta contra fraudes no INSS foram “desligados” no início do governo Lula. Ele afirmou que os sinais internos que deveriam acionar a pasta foram neutralizados, impedindo que irregularidades fossem comunicadas.
Queiroz destacou que os alarmes falharam em 2023 e 2024, enquanto as fraudes começaram ainda em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Ele participou de uma sabatina no 20º Congresso da Abraji, onde transferiu a responsabilidade das fraudes para os órgãos internos do INSS que não reportaram as irregularidades ao ministério.
O ministro reconheceu a neutralização dos alarmes, mas reiterou que as fraudes são anteriores à gestão Lula, que descobriu o esquema. Ele mencionou que cinco ou seis servidores, incluindo o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, e o ex-diretor de benefícios, Vanderlei Barbosa dos Santos, estavam envolvidos no desligamento desses mecanismos.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) deve começar seus trabalhos no segundo semestre, com expectativa de presidência do senador Omar Aziz. Queiroz acredita que a CPI será uma chance de o governo “virar a chave”.
O ministro ressaltou que o sistema de desconto em folha, autorizado em 1991, funcionou até 2018, mas passou a falhar entre 2019 e 2022, surgindo entidades com “finalidade exclusiva de fraude”. Ele observou que o estado brasileiro cometeu falhas significativas e nunca conferiu a lista de aposentados para autorizarem os descontos.