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Ministro da Previdência decide reestruturar órgãos de controle da pasta após escândalo do INSS

Ministro anuncia reestruturação dos órgãos de controle interno da Previdência após escândalo de descontos do INSS. A medida visa garantir maior eficácia na comunicação e identificação de irregularidades na pasta.

Ministro Wolney Queiroz (Previdência Social) anunciou a reestruturação dos órgãos de controle interno após diagnóstico de baixa relevância

A medida segue o escândalo dos descontos associativos de beneficiários do INSS, alvo da operação Sem Desconto, em abril deste ano.

Queiroz destacou que, apesar de indícios e auditorias das irregularidades, alertas não foram repassados à Previdência Social.

Durante o 20º congresso internacional da Abraji, o ministro disse que a área de controle não possuía relevância. “Os alertas foram desligados”, afirmou.

O INSS tem estrutura própria de ouvidoria e corregedoria, mas Queiroz não detalhou como a reforma poderá melhorar a comunicação.

Ele atribuiu a falha no repasse de informações à interferência de pessoas envolvidas no esquema, sem citar nomes. Os cargos eram ocupados por Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e Vanderlei Barbosa, afastados por investigações.

Após o escândalo, os descontos de 41 entidades foram suspensos, e o Congresso discute um projeto de lei para acabar com a modalidade.

Queiroz admitiu a dificuldade de defender a retomada dos descontos, mas alertou sobre o impacto negativo para associações idôneas que ajudam os aposentados.

Ele ressaltou que existem associações fraudulentas e idôneas, e que o fim dos descontos pode prejudicar as legítimas.

O ministro mencionou uma divisão ideológica no governo sobre o tema, com apoiadores e oponentes da manutenção dos descontos “com segurança” através de biometria e auditoriais.

Concluiu: “Quem vai ganhar essa disputa eu não sei”.

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