Ministro da CGU e chefe de gabinete de Lula discutem fraude no INSS
Reunião entre Marco Aurélio e ministro da CGU visa apurar o desvio de R$ 6,3 bilhões do INSS. Polícia Federal investiga fraudes que envolvem descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.
Marco Aurélio Santana Ribeiro, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu na manhã desta 2ª feira (28.abr.2025) com o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, para discutir o desvio de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões do INSS por sindicatos.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto, sem a presença de Lula, que estava no Palácio da Alvorada. Não há definição sobre a possível demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que nega omissão no caso e irá se defender na Câmara na 3ª feira (29.abr.2025).
A Polícia Federal deflagrou em 23 de abril a operação Sem Desconto para investigar as fraudes, resultando em 211 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária e sequestrando bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão.
Seis pessoas foram afastadas, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O esquema envolvia entidades que realizavam descontos não autorizados de benefícios como mensalidades associativas. Entre as entidades investigadas estão a Ambex, Contag e Caap.
Relatos de 1.300 beneficiários indicaram que a maioria não autorizou descontos. A CGU iniciou apurações em 2023 devido ao aumento de entidades conveniadas e valores descontados. A investigação revelou indícios de falsificação de documentos.
Os crimes investigados incluem: fraude e desvios financeiros. A PF apreendeu carros de luxo, dinheiro, joias e obras de arte, com valores ainda em contabilização.
Beneficiários devem verificar descontos indevidos no extrato de pagamento e solicitar exclusão via aplicativo ou site “Meu INSS”, um processo automático sem necessidade de comparecimento presencial.