Ministro critica nome “Foz do Amazonas” dado ao bloco de exploração
Ministro critica nomenclatura da ANP e ressalta a importância da exploração na Margem Equatorial para a segurança energética do Brasil. Ele também enfatiza a necessidade de reduzir os preços do gás natural e melhorar a oferta interna.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou, na 2ª feira (16.jun.2025), a classificação da ANP para um bloco de exploração de petróleo na Margem Equatorial como “Foz do Amazonas”.
Segundo ele, foi um “grande equívoco”, já que a área está a 500 km da foz do rio Amazonas e a 200 km da costa brasileira, sem risco ambiental direto.
Durante o seminário “Gás para Empregar”, Silveira afirmou: “Não há absolutamente nenhuma intercorrência com a foz” e ressaltou a necessidade de garantir segurança energética em meio à tensão geopolítica.
O ministro expressou sua preocupação com a destruição de infraestruturas fundamentais e destacou a importância da pesquisa na margem equatorial para o Brasil.
Silveira também criticou os preços do gás natural no Brasil, considerando-os “absurdos”, com impacto negativo em setores industriais:
- Siderurgia
- Petroquímica
- Cerâmica
Ele defendeu o aumento da oferta interna para reduzir os preços, lembrando que o Brasil reinjeta o dobro da média global de gás natural, o que restringe a oferta e eleva os valores.
Silveira apontou que a Petrobras precisaria ampliar a oferta de gás e criticou a prática de reinjeção, afirmando: “A estrutura corporativa da Petrobras precisa mudar isso daqui pra frente”.
Apesar das críticas, ele negou intervenção na estatal, garantindo que, se houvesse, “não continuaria tão valorizada como está”.