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Ministra cubana renuncia após dizer que 'não há mendigos em Cuba, só disfarces'

A renúncia de Marta Elena Feitó ocorre após suas polêmicas declarações sobre a pobreza em Cuba. O episódio evidencia a desconexão do governo cubano diante da grave crise econômica que atinge a população.

A ministra do Trabalho e Segurança Social de Cuba, Marta Elena Feitó, renunciou após comentários polêmicos sobre a situação de mendigos no país.

Durante uma reunião parlamentar em 14 de outubro, ela afirmou que não existem mendigos em Cuba, mas sim pessoas “disfarçadas de mendigos”. Sua declaração, feita ao tentar defender programas sociais, foi amplamente criticada.

Feitó também condenou limpadores de para-brisa, acusando-os de buscar "uma vida fácil", e negou que pessoas que reviram lixo estejam à procura de comida. Essa fala gerou reações negativas nas redes sociais.

O presidente Miguel Díaz-Canel dedicou 20 minutos durante o Parlamento para corrigir a ministra, enfatizando a necessidade de se conectar com a realidade e reconhecendo a existência de cidadãos em "situação de vulnerabilidade".

A crise econômica em Cuba é a pior em 30 anos, com uma inflação acumulada de 190,7% entre 2018 e 2023. A ilha enfrenta escassez de alimentos, medicamentos e apagões diários, exacerbados por sanções dos EUA.

Atualmente, existem cerca de 189 mil famílias e 350 mil pessoas em situação vulnerável em um país de 9,7 milhões de habitantes. Reportagens confirmam o aumento de pessoas em situação de rua.

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