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Minissérie traz bastidores da caça a Bin Laden, mas peca em falta de contexto

O documentário "American Manhunt" explora a caçada a Osama bin Laden com uma narrativa de suspense e emoção, destacando os bastidores da Casa Branca e da CIA. No entanto, carece de uma análise mais abrangente sobre as consequências geopolíticas e as vítimas da guerra ao terror.

Documentário "American Manhunt: The Search for Bin Laden" (Netflix, 2025) explora os eventos do 11 de Setembro de 2001, com imagens e depoimentos conhecidos inicialmente.

A narrativa ganha ritmo a partir do segundo episódio, focando nos bastidores da Casa Branca e da CIA durante a busca por Osama bin Laden.

Dirigido por Michael Ingraham, o documentário combina narrativa acelerada, montagem de suspense e depoimentos exclusivos de militares envolvidos na operação que resultou na morte de bin Laden em 2011.

O soldado que disparou contra o terrorista, identificado como Geronimo, oferece um relato impactante. O terceiro episódio destaca o meticuloso treinamento das forças americanas para a invasão em Abbottabad.

A Sala de Situação da Casa Branca é retratada com tensão, mostrando o acompanhamento em tempo real da missão por Barack Obama e sua equipe. O documentário também revela as emoções dos analistas, que revisitam o trauma do 11 de Setembro.

Além disso, a produção mantém uma perspectiva quase exclusivamente americana, sem tratar as vítimas civis da guerra ao terror ou as críticas à execução extrajudicial de bin Laden.

Embora "American Manhunt" funcione como um thriller documental e um exercício de memória, carece de uma análise política mais profunda. A frase final do documentário, de um dos agentes, resume bem essa ausência: "Sabíamos que era o fim de Bin Laden, mas não da história."

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