Minha Casa, Minha Vida dispara na Caixa após faixa para a classe média
Minha Casa, Minha Vida se destaca como a principal opção de financiamento, superando o crédito imobiliário tradicional da Caixa. O programa, agora com a nova faixa de renda, aumenta a capacidade de financiamento e alivia a pressão sobre o sistema financeiro.
Contratações do Minha Casa, Minha Vida superam crédito imobiliário tradicional na Caixa, informa o presidente do banco, Carlos Vieira. A mudança ocorreu pela primeira vez durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre.
A alta nas contratações do programa é resultado do início da faixa 4, que atende famílias com renda entre R$ 8.000 e R$ 12 mil e financia imóveis de até R$ 500 mil. Isso aliviou a pressão sobre o SBPE, que depende de recursos da caderneta de poupança.
O saldo da carteira imobiliária da Caixa em março de 2025 era de R$ 850,4 bilhões — crescimento de 12,7% em relação a março de 2024. No primeiro trimestre, foram R$ 49,3 bilhões em contratações, uma queda de 4,6% em relação ao ano passado e um aumento de 4,6% em comparação ao último trimestre de 2024.
No final de 2024, a Caixa reduziu o valor máximo de crédito do SBPE de 80% para 70% para evitar bloqueios nas concessões. A cota máxima pelos sistemas de amortização também foi alterada, reduzindo opções de financiamento.
- Participação de mercado da Caixa: 66,8% em crédito imobiliário total.
- Mais de 99% dos contratos do Minha Casa, Minha Vida.
A Caixa busca ampliar captação via instrumentos financeiros, como LCIs. O saldo em depósitos de poupança chegou a R$ 379,4 bilhões, um aumento de 5,8% sobre o ano anterior. As letras somaram R$ 248,7 bilhões, com alta de 38,8%.
A vice-presidente de habitação, Inês da Silva Magalhães, destacou a criação de linhas de recursos livres para médio e alto padrão e a destinação do fundo do pré-sal para habitação. O orçamento de R$ 124 bilhões para este ano reforça o atendimento social do programa.