Minerais críticos: o que são e por que viraram chave para negociar tarifaço de Trump

Faltam uma semana para a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo governo de Donald Trump. Contudo, os minerais críticos emergiram como uma nova estratégia nas negociações.

Minerais críticos são essenciais para indústrias de alta tecnologia e a transição energética. Incluem lítio, nióbio, grafita, entre outros, utilizados em baterias, veículos elétricos e energia renovável.

O Brasil possui a segunda maior reserva de terras raras do mundo e lidera a produção de nióbio. Apesar de suas reservas, a produção brasileira é ainda limitada.

O assunto ganhou destaque após reunião entre o Ibram e o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar. Os americanos manifestaram interesse na Política Nacional de Minerais Críticos do Brasil.

O Itamaraty apontou que tarifas para a UE seriam menores que para outros países, dificultando a exclusividade que os EUA almejam. Especialistas destacam que, com gestão adequada, os minerais críticos podem se tornar instrumentos de desenvolvimento nacional.

As conversas entre Brasil e EUA permanecem sem definição. O governo Lula propõe uma solução comercial, enquanto Trump relaciona a tarifação a fatores políticos, como o julgamento de Jair Bolsonaro.

O Brasil estuda criar um fundo de apoio e enviar uma comitiva a Washington para negociações, mas as autoridades reconhecem que as tratativas estão travadas. Empresários veem improvável a reversão da tarifa antes do 1º de agosto.