Minerais críticos e estratégicos são passaporte do Brasil para o futuro
Brasil deve investir US$ 24,3 bilhões em minerais críticos até 2029, mas especialistas alertam para a necessidade de uma política nacional adequada. A falta de mapeamento geológico e agilidade no licenciamento são desafios prioritários para o setor.
Investimentos em Minerais Críticos no Brasil: O Brasil deve receber US$ 24,3 bilhões em investimentos até 2029 em minerais críticos, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Essa quantia, embora significativa, é considerada abaixo do potencial do país.
Reservas de Minerais Críticos: O Brasil possui 12,3% das reservas de níquel do mundo, 26,4% de grafita, 19% de terras raras, 4,9% de lítio e 94% de nióbio. Contudo, a produção local é bem inferior à demanda global.
Contexto Geopolítico: Os minerais críticos estão em foco na geopolítica internacional. Os Estados Unidos buscaram acordos na Ucrânia e a China limitou exportações de terras raras. A União Europeia investirá em 47 projetos para reduzir a dependência internacional.
Perspectivas de Demanda: A demanda por minerais estratégicos deve crescer de US$ 320 bilhões em 2023 para US$ 1,1 trilhão em 2030. O Banco Mundial prevê que US$ 1,7 trilhão serão necessários em 15 anos para atender a essa demanda.
Desafios do Brasil: O país carece de uma política eficaz para explorar suas reservas. Segundo Jungmann, há necessidade de agilidade no licenciamento de lavras e expansão do mapeamento geológico. Apenas 27% do território está mapeado na escala mínima necessária.
Ações do Governo: O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo está consciente das necessidades e já autorizou mais de 4.600 projetos de pesquisa mineral. A meta é mapear 73 áreas com potencial até 2034.