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Mineradora de terras raras busca financiamento estatal dos EUA para planos no Brasil

Aclara Resources busca financiamento nos EUA para extrair terras raras na América Latina, visando reduzir a dependência da produção chinesa. A empresa pretende iniciar suas operações até 2028 e já está em conversas com agências do governo para viabilizar o projeto.

A mineradora Aclara Resources está em negociações com agências do governo dos EUA para um possível financiamento de US$ 1,5 bilhão para extrair terras raras na América Latina (Brasil e Chile) e desenvolver instalações de processamento nos EUA.

A empresa visa reduzir a dependência da China, que produz cerca de 90% dos ímãs permanentes de terras raras do mundo.

O CEO Ramon Barua disse que a Aclara está preparando sua apresentação em Washington. A mineradora já entrou com pedidos de financiamento junto às agências norte-americanas.

Atualmente, a Aclara é 57% controlada pelo Hochschild Group e tem um valor de mercado de cerca de US$ 245 milhões. A Aclara possui dois projetos em desenvolvimento no Brasil e no Chile.

Barua não revelou quais agências estão envolvidas, mas mencionou subsídios e empréstimos do Departamento de Defesa, Departamento de Energia e da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA.

A Aclara pretende iniciar a exploração de depósitos de argila iônica no Chile e Brasil até 2028, com foco em veículos elétricos e turbinas eólicas. Para isso, necessita de financiamento significativo até o final do ano.

Além disso, a Aclara está considerando locais para uma fábrica de processamento nos EUA, com opções em Louisiana, Texas, Carolina do Sul e Virgínia. A empresa já possui um acordo com a Fabricante alemã Vacuumschmelze para construir uma fábrica na Carolina do Sul.

O setor de terras raras enfrenta desafios, incluindo a competição com a China no processamento e a necessidade de estabelecer uma referência de preço fora do mercado chinês. No entanto, as tensões geopolíticas recentes estão mudando o foco das conversas com investidores.

Barua destacou que, atualmente, os investidores estão mais preocupados com a rapidez de execução dos projetos do que com os preços, que são significativamente mais altos do que os sugeridos pelos chineses.

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