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Militar diz que documento com etapas do golpe foi elaborado por divisão do Exército no Sul

Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima revela ao STF que documento de planejamento de golpe foi elaborado a partir de hipóteses sobre fraude nas eleições de 2022. Ele destaca que o material, criado na 6ª Divisão do Exército, continha estratégias para atacar o processo eleitoral e neutralizar autoridades.

Hélio Ferreira Lima, conhecido como "kid preto", declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o documento "Desenho Op Luneta" foi elaborado como um trabalho de inteligência, baseado em uma hipótese real de fraude nas eleições de 2022.

Segundo o tenente-coronel, o material foi criado na 6ª Divisão do Exército, em Porto Alegre. Ele é um dos nove réus do núcleo três da trama golpista.

O planejamento "Desenho Op Luneta" detalhava etapas para um golpe de Estado, incluindo:

  • Atacar o processo eleitoral
  • Assinar um decreto presidencial
  • Neutralizar autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes
  • Controlar a narrativa sobre a ruptura democrática

Lima afirmou que o documento baseou-se em uma análise de inteligência realizada com "fontes abertas" e metodologias do Exército. Em resposta à Procuradoria Geral da República (PGR), destacou que o desenho das ações não poderia ser implementado sem a autorização de um general.

Ele também esclareceu que "Op" refere-se a "desenho operacional" e não a operação, afirmando: "Eu não crio operações".

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