Milícias ligadas ao Irã vão se desarmar após ameaças de Trump
Milícias xiitas no Iraque mostram disposição para desarmar em resposta à pressão dos EUA. Com a ameaça de ação militar iminente, líderes locais destacam a urgência de evitar um conflito aberto.
Grupos de milícias no Iraque, apoiados pelo Irã, estão se preparando para desarmar pela primeira vez para evitar conflitos com o governo dos EUA sob a administração de Donald Trump.
A medida surge após avisos norte-americanos ao governo iraquiano desde janeiro de 2025. Se não houver ação contra as milícias, os EUA poderiam realizar ataques aéreos.
Izzat al-Shahbndar, político xiita, afirmou que as discussões entre o primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani e os líderes de milícias estão “muito avançadas” e que os grupos estão inclinados a atender aos apelos por desarmamento.
Comandantes das milícias, incluindo Kataib Hezbollah e Nujabaa, expressaram preocupação com a possibilidade de ataques dos EUA, com um deles afirmando: “Trump está pronto para levar a guerra conosco a níveis piores.”
Os grupos fazem parte da Resistência Islâmica no Iraque, composta por cerca de 10 facções com 50.000 combatentes e arsenais avançados.
Além disso, o conselheiro de Sudani, Farhad Alaaeldin, destacou que o primeiro-ministro busca controlar as armas por meio de “diálogo construtivo”. No entanto, comandantes estão tomando precauções como evacuação de sedes e troca frequente de celulares e veículos.
O Departamento de Estado dos EUA reiterou a necessidade de que essas forças respondam ao comando iraquiano, não ao Irã, enquanto uma autoridade americana se mostrou cética quanto ao desarmamento ser duradouro.
O IRGC não comentou sobre o assunto, e os ministérios das Relações Exteriores do Irã e de Israel não responderam.