Milei não consegue se reunir com Trump e Bolsa argentina chega a cair 11% com tarifas dos EUA
Presidente argentino teve agenda frustrada durante viagem aos EUA, mas buscou fortalecer laços comerciais. Mercados argentinos reagem em meio a incertezas causadas por tarifas aplicadas pelos EUA.
Presidente da Argentina, Javier Milei, não conseguiu se reunir com Donald Trump durante sua visita a Mar-a-Lago, EUA, na quinta-feira.
Trump chegou na noite anterior, mas não participou do evento em que Milei estava presente, seguindo para sua residência. "Foi uma questão de agenda. São coisas que acontecem", afirmou uma fonte oficial.
A expectativa de um encontro foi alimentada pelo próprio governo argentino e pelo chanceler Gerardo Werthein, que mencionou a possibilidade de uma reunião. No entanto, Milei voltou a Buenos Aires sem conseguir uma foto com Trump.
Enquanto isso, os mercados argentinos foram impactados pelas tarifas aplicadas pelos EUA, resultando em uma queda inicial de 11% do índice Merval, que foi reduzida para 7,8% no início da tarde.
Milei fez uma viagem relâmpago aos EUA para receber o prêmio "Leão da Liberdade", organizado pela fundação We Fund The Blue. Trump também era um premiado, mas não compareceu ao evento e foi descansar.
Uma fonte oficial comentou sobre a situação: "Quando nos avisaram que Trump chegaria tarde e que não participaria, nós fomos embora." Milei estava acompanhado pela secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e o ministro da Economia, Luis Caputo.
No entanto, na viagem anterior a Washington, Milei se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para discutir as tarifas e um possível acordo comercial, com o objetivo de estabelecer tarifas zero para produtos americanos.
Sobre o encontro não realizado, uma fonte oficial reafirmou que a reunião "era provável" e que foi uma questão de agenda.