Milei lança plano para que argentinos ‘tirem os dólares do colchão’ sem declarar origem
Governo busca reverter a cultura de desconfiança em relação ao sistema financeiro, incentivando a formalização de capitais guardados fora do banco. Medidas visam aumentar a liberdade econômica e assegurar proteção contra penalidades futuras.
Governo Milei anunciou medidas financeiras para que argentinos tirem os dólares do colchão e fiquem isentos de punições ao colocar dinheiro na economia formal.
A ação foi apresentada em 22 de outubro por Manuel Adorni, porta-voz da presidência, e Luis Caputo, ministro da Economia. O Plano de Reparação Histórica da Poupança Argentina terá duas etapas.
- Primeira etapa: Início imediato. Aumenta limites de valores a serem reportados em transações e elimina obrigações de bancos e comércios sobre algumas transações.
- Segunda etapa: Projeto de lei para proteger quem guarda dinheiro de mudanças fiscais futuras.
Adorni destacou que "as pessoas são inocentes até que provado o contrário" e que a ideia é remonetizar a economia com os cerca de US$ 252 bilhões guardados fora do sistema financeiro, somando 54% da dívida bruta da Argentina.
Medidas incluem isenção de reporte para gastos com cartões, transferência de imóveis e serviços. Mostrarão aumento nos valores reportados para saques e transferências.
Um regime simplificado de imposto de renda focará no faturamento e despesas dedutíveis, sem considerar consumo ou bens. Adorni comentou sobre a normalização de práticas, enquanto Caputo afirmou que é uma medida inclusiva.
A oposição criticou as propostas, afirmando que podem prejudicar o combate à lavagem de dinheiro. Adorni pediu que os argentinos confiem no sistema financeiro, ressaltando que o objetivo é respeitar cidadãos honestos, sem perseguir quem economiza corretamente.