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Milei busca apagar o peronismo para atrair investimentos a Argentina

Milei enfrenta desafios para reverter a herança populista e atrair investimentos à Argentina. As próximas eleições de meio de mandato serão cruciais para definir a continuidade de sua agenda de reformas econômicas.

Presidente Javier Milei busca eliminar vestígios do peronismo na Argentina, visando um futuro de livre mercado.

Imagens de Eva Perón e estátuas do ex-presidente Néstor Kirchner foram removidas de locais governamentais, incluindo um palácio em Buenos Aires.

No entanto, Milei enfrenta dificuldades para desmantelar o sistema burocrático deixado pelo peronismo. Até agora, a Argentina atraiu menos de US$ 1 bilhão em investimentos estrangeiros diretos em seu primeiro ano de governo.

Segundo Mariana Gallo, da PepsiCo, investidores estão cautelosos e aguardando melhorias na regulamentação e impostos.

A gestão de Milei tem sido marcada por tentativas de revogar o “cepo”, mas os ganhos anteriores ainda estão sob essas regras. O Morgan Stanley estima que a remoção de restrições pode atrair US$ 2,5 bilhões em investimentos em 2025.

As eleições de meio de mandato em outubro serão um teste crucial para a continuidade das políticas de austeridade. Se Milei conseguir um mandato mais forte, isso poderá facilitar reformas estruturais.

Historicamente, o peronismo dominou a política argentina. Após um retorno ao poder em 2019, Cristina Kirchner intensificou os controles de capital.

Empresários, como Pablo Tamburo, expressam preocupação sobre a mudança constante de políticas e a incerteza que isso traz para novos investimentos.

Cristina Kirchner continua influente, com sua popularidade aumentando e a decisão dos EUA de proibir sua entrada poderá provocar mais polarização política.

Apesar das promessas de reforma, analistas indicam que o peronismo não deve ser descartado. Steven Levitsky prevê mais instabilidade política e mudanças institucionais no futuro.

Até agora, o governo de Milei conseguiu propostas de investimentos de cerca de US$ 12 bilhões em setores como petróleo e gás, mas a maioria das empresas interessadas são nacionais.

O investidor Diego Ferro questiona a estabilidade das mudanças promovidas, enfatizando a incerteza quanto ao futuro da Argentina.

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