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'Mexicoke', a Coca-Cola com açúcar de cana defendida por Trump, é bebida importada e 'cool' nos EUA

Coca-Cola importa versão mexicana adoçada com açúcar de cana para atender demanda e preferências do consumidor. A mudança ocorre em meio a críticas ao xarope de milho de alto teor de frutose, promovida pelo ex-presidente Donald Trump.

No quinto episódio da série "And Just Like That", Carrie, interpretada por Sarah Jessica Parker, se aborrece com Miranda, vivida por Cynthia Nixon, ao questionar: "Esta era a minha última Coca-Cola mexicana?"

A Coca-Cola mexicana é famosa por usar açúcar de cana, enquanto a versão americana contém xarope de milho com alto teor de frutose. A importação da bebida para os EUA começou em 2005, após americanos atravessarem a fronteira para comprá-la.

Desde então, a "mexicoke" se tornou um símbolo de status e tendência, sendo considerada "o novo preto" em 2014, segundo o New York Times.

A decisão da Coca-Cola de lançar a versão com açúcar de cana foi vista como um aceno ao então presidente Donald Trump, que apoiou a mudança. A bebida importada é vendida por preços bem mais altos, como US$ 35,99 por 24 garrafinhas de 355 ml.

Trump comentou que a decisão fez a Coca-Cola mudar sua fórmula a pedido dele, embora ele seja conhecido por preferir a Coca Diet, adoçada artificialmente.

A Casa Branca não se manifestou sobre o assunto, enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA notou que 40% a 45% do açúcar produzido nos EUA vem da cana-de-açúcar.

A CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, afirma que a substituição entre açúcares não traz vantagens nutricionais e que ambos os ingredientes são similares em questões de saúde.

Durante uma teleconferência, o CEO da Coca-Cola, James Quincey, disse que a produção com açúcar de cana responde a um desejo por experiências diferenciadas.

Entretanto, críticos da indústria de milho, como John Bode, afirmaram que a mudança não traz benefícios nutricionais e pode afetar empregos e receitas no setor.

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