México vê prêmio a museu como 'pequeno passo' em direção a desculpas da Espanha por colonização
Sheinbaum considera prêmio ao Museu de Antropologia um passo inicial para agravar pedido de desculpas da Espanha. A presidente reforça a importância do reconhecimento dos abusos históricos por parte do país europeu.
Claudia Sheinbaum, presidente do México, declarou que o prêmio Princesa de Astúrias ao Museu de Antropologia é um "primeiro pequeno passo" para exigir desculpas da Espanha pelos abusos durante a conquista do Império Asteca.
A reivindicação, que gerou atritos diplomáticos, começou no governo de Andrés Manuel López Obrador e foi mencionada por Sheinbaum em uma coletiva.
No contexto desse conflito, a presidente não convidou o rei Felipe VI para sua posse, apenas o primeiro-ministro Pedro Sánchez, resultando na recusa de Madri em enviar um representante.
"É um gesto da coroa espanhola reconhecer o Museu", afirmou Sheinbaum, esperando que continuem nesse processo.
Em fevereiro, ao lembrar os 500 anos da morte de Cuauhtémoc, a presidente reforçou a necessidade de reconhecimento das atrocidades cometidas e o papel do perdão no fortalecimento das nações.
O Museu Nacional de Antropologia, um dos melhores do mundo, recebeu o prêmio por "defesa e preservação" do patrimônio cultural mexicano, segundo Adrián Barbón, presidente da região das Astúrias.
Considerado referência global no estudo da humanidade, o MNA é um marco na cultura latino-americana, e em 2022, recebeu um recorde de mais de três milhões de visitantes.