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México fará primeira eleição com voto popular para escolher juízes no mundo

O México faz história ao permitir a eleição popular de juízes, um movimento que busca combater a corrupção no Judiciário. No entanto, críticos alertam para os riscos de controle político e diminuição da independência judicial.

O México se tornará no domingo o primeiro país a eleger todos os juízes por voto popular, em um movimento visto como uma forma de combater a corrupção, mas criticado como uma ameaça à independência dos poderes.

A eleição resulta de uma reforma constitucional promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador e apoiada pela sua sucessora, Claudia Sheinbaum.

Ambos denunciam que o Judiciário está a serviço das elites e enfrenta problemas de corrupção. A oposição, enfraquecida, alertou que essas eleições podem permitir que políticos e criminosos controlem os juízes.

Quem será eleito?

  • Serão eleitos 881 cargos federais, incluindo 9 juízes da Suprema Corte e 1.800 cargos locais.
  • Os cargos federais incluem magistrados do Tribunal Eleitoral e um novo Tribunal Disciplinar.
  • Os juízes devem ter boa reputação e não pode ter condenações criminais.

Como funciona a eleição?

  • Os partidos políticos não participam das eleições.
  • Candidatos financiaram suas campanhas pessoalmente, utilizando redes sociais.
  • A seleção foi realizada por comissões dos três poderes.

Polarização política

O partido no poder critica o Judiciário por corrupção, enquanto a oposição vê a eleição como um passo rumo ao regime autoritário do partido Morena. Acusações incluem favorecimento a criminosos e falta de experiência dos candidatos.

Riscos envolvidos

  • A eleição pode prejudicar os direitos das minorias e de atores econômicos.
  • ONGs alertam que o acesso à justiça pode ser comprometido durante a transição.

As reformas propostas pela administração atual têm gerado grande controvérsia, especialmente em resposta a bloqueios de reformas anteriores pela Suprema Corte.

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