Meta pede ao STF que rejeite pedido da AGU para antecipar efeitos do julgamento que discute as redes sociais
Meta contestou pedido da AGU no STF para responsabilização imediata por conteúdos ilícitos. A empresa argumenta que tal medida prejudicaria o debate sobre a responsabilidade das redes sociais e já toma ações contra anúncios fraudulentos.
Meta solicita rejeição de pedido da AGU ao STF
A Meta pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rejeitar o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) que solicita a antecipação dos efeitos de um julgamento sobre a responsabilidade das redes sociais por conteúdos ilícitos.
Na petição enviada nesta terça-feira (27), a Meta argumenta que a concessão da medida cautelar “esvaziaria o debate colegiado” e poderia ter “efeitos práticos de uma tese ainda não consolidada”.
A AGU apresentou o pedido na segunda-feira (26), solicitando o reconhecimento da responsabilização imediata dos provedores de internet antes da conclusão do julgamento. O ministro André Mendonça reiniciou a análise do caso nesta semana após um pedido de vista anterior.
No último dia 21, a AGU pediu que o voto do relator Dias Toffoli se aplicasse também aos casos de uso de inteligência artificial. Toffoli propôs a derrubada do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que limita a responsabilização das plataformas a decisões judiciais.
Com base em um relatório do NetLab, a União apontou evidências de uso indevido da IA em anúncios fraudulentos nas plataformas da Meta, incluindo casos de apropriação indevida de imagens e anúncios sobre falsas indenizações do INSS.
A Meta contestou, afirmando que o “quadro calamitoso” mencionado não reflete a realidade e que os anúncios fraudulentos representam apenas 0,0092% do total veiculado no Brasil entre 10 e 21 de janeiro de 2025. Todos os anúncios indicados já estão fora do ar.
A empresa argumentou que a medida cautelar pleiteada pela AGU é incabível, representando uma tentativa de antecipar os efeitos de uma tese ainda em formulação no julgamento dos Temas 533 e 987.
Com informações do Estadão Conteúdo