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Mesmo sem união global, agenda do clima pode avançar, diz especialista

Benjamin Pohl destaca que a pressão econômica pode impulsionar a transição para uma economia mais sustentável, mesmo sem a união global. Ele alerta que as mudanças climáticas impactam a segurança nacional, mas ainda são subestimadas por muitos governos.

Para conter as mudanças climáticas, a colaboração global é fundamental, mas a união entre os países é desafiadora, especialmente com lideranças como a de Donald Trump, que adotam políticas contrárias.

Benjamin Pohl, chefe do programa de diplomacia climática da consultoria Adelphi, argumenta que a pressão de países por medidas de mitigação será crucial, mesmo sem uma cooperação global completa. Ele afirma: “O ideal seria que todos estivessem engajados, mas isso não é estritamente necessário.”

Pohl está no Rio de Janeiro para participar da Conferência de Segurança Internacional do Forte, que discute a relação entre segurança, mudanças climáticas e multilateralismo.

Ele acredita que **os países estão cada vez mais motivados a adotar economias limpas** e a transformação para uma nova ordem mundial sustentável pode ocorrer independentemente da postura dos EUA. A falta de interesse de Trump pode ser vista como uma oportunidade para outros países fortalecerem suas posições nessa transição.

Pohl destaca que as mudanças climáticas podem impactar a segurança nacional, embora não de forma determinística. Ele explica: “Mudanças climáticas afetam sistemas ambientais, impactando meios de subsistência e, consequentemente, gerando tensões sociais e políticas.”

Segundo ele, as políticas contra mudanças climáticas são frequentemente subestimadas pelos governos, sendo colocadas em segundo plano em relação a temas de segurança. “O meio ambiente não ocupa o mesmo patamar que a segurança”, afirma.

Apesar do cenário desanimador, Pohl acredita que medidas reais podem prevenir crises, e há muito que pode ser feito para criar um futuro melhor.

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