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Mesmo sem o agro, PIB teria sido positivo, impulsionado por bens de consumo e serviços

Crescimento robusto impulsionado pela agropecuária e consumo, mas alerta para desaceleração. Expectativas de uma queda da atividade econômica nos próximos trimestres devido à alta de juros e à sazonalidade das colheitas.

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2024, com destaque para a agropecuária, que teve um crescimento de 12,2%, conforme dados do IBGE.

O avanço se deve a uma supersafra prevista de 332,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, um aumento de 11,9% em relação à safra anterior. As chuvas, embora atrasadas, foram adequadas e ajudaram no controle de pragas.

Além da agropecuária, outros setores como tecnologia, comunicação, e geração de eletricidade também contribuíram para o crescimento, impulsionado pelo consumo das famílias e investimentos.

O consumo aumentou 1% e os investimentos 3,1%, mesmo com a taxa de juros em 14,75% ao ano. Este cenário positivo se deve ao mercado de trabalho aquecido e à renda média em nível recorde.

A expansão fiscal foi um fator importante, com aumento do salário mínimo e programas de incentivo, como o Minha Casa, Minha Vida.

No entanto, a sustentabilidade desse crescimento é incerta. O desempenho da agropecuária pode não se manter e a demanda pode ser afetada pela política de juros restritiva.

De acordo com Fernando Honorato Barbosa, economista do Bradesco, a desaceleração do PIB já começou e a política monetária atual pode esfriar a economia. O juro real atinge o maior nível em 20 anos, e o Banco Central prevê um atraso para que os efeitos da política monetária sejam sentidos.

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