Mesmo com muitas armas, Áustria tem pouca violência e, agora, novas questões
Debate sobre leis de armas na Áustria ganha intensidade após tiroteio em escola. A tragédia reaviva discussões sobre a posse de armas em um país com uma cultura armamentista rara na Europa.
Debate sobre leis de armas na Áustria ganha nova dimensão após tiroteio em escola.
Na terça-feira (10), um ex-aluno abriu fogo em uma escola em Graz, resultando na morte de pelo menos 10 pessoas. O ataque é considerado o mais mortal da história da Áustria e chamou atenção para a discussão sobre reforma nas leis de posse de armas.
Um usuário do fórum "Pulverdampf" comentou: "Uma nova era em relação à posse de armas está começando", refletindo o apoio da população às mudanças.
A Áustria possui a 12ª maior taxa de posse de armas do mundo, mas taxas de violência com armas são relativamente baixas, com menos mortes por arma de fogo em comparação a países como Canadá e EUA.
Embora muitos celebram suas leis liberais de posse, poucas figuras proeminentes pediram mudanças radicais após o tiroteio.
Contrapõe-se à situação dos EUA, onde tiroteios em escolas frequentemente resultam em apelos por legislação mais rígida. Na Europa, ataques anteriores geralmente levaram a restrições severas na posse de armas, como ocorreu na Alemanha e na Sérvia.
A prefeita de Graz, Elke Kahr, propôs que apenas autoridades executivas deveriam portar armas. Contudo, nenhum oficial federal apoiou essa ideia até o momento.
Franz Ruf, do Ministério do Interior, destacou a necessidade de revisar os requisitos legais após o tiroteio. O Partido Verde pressiona há anos por leis mais severas sobre armas.
A Waffengesetz exige licença federal para a posse de armas, e o atirador seguia todos os requisitos legais. O debate se intensifica em um contexto onde, após o endurecimento das leis na década de 1990, a violência armada havia diminuído consideravelmente.
Após o ataque, um clube de tiro local suspendeu atividades, enquanto comércios de armas em Graz procuraram entender a situação.