HOME FEEDBACK

Mercados saltam após trégua na guerra comercial entre EUA e China

Estados Unidos e China buscam amenizar tensões comerciais com redução emergencial de tarifas por 90 dias. A medida visa abrir espaço para novas negociações e impulsionar os mercados globais.

Estados Unidos e China irão reduzir tarifas em 90 dias sobre produtos um do outro, visando aliviar tensões comerciais.

As duas maiores economias do mundo têm agora três meses para resolver divergências. Com a trégua, mercados de ações na Ásia e Europa subiram, assim como os futuros das bolsas americanas e o preço do petróleo.

O dólar se fortaleceu, com um aumento de 1,2% em relação a uma cesta de moedas, e o yuan offshore valorizou cerca de 0,5% frente ao dólar.

Os contratos futuros do S&P 500 subiram 3% e os do Nasdaq 100 avançaram 3,8% pela manhã. O índice Hang Seng em Hong Kong subiu cerca de 3,3%.

As tarifas combinadas de 145% dos EUA sobre importações chinesas serão reduzidas para 30%, enquanto as tarifas de 125% da China sobre produtos dos EUA cairão para 10% até 14 de maio.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacou o desejo de evitar o desacoplamento econômico e mencionou discussões sobre o fentanil. Ele ressaltou que as tarifas combinadas não se aplicam a tarifas setoriais e que as tarifas do governo Trump continuam em vigor.

O anúncio representa um passo significativo para reduzir a guerra tarifária, que impactou o comércio entre os dois países. Jamieson Greer, representante de comércio dos EUA, expressou a intenção de alcançar um comércio mais equilibrado.

A Casa Branca chamou o acordo de "acordo comercial", mas detalhes sobre objetivos ainda são incertos. A China exigiu a retirada de todas as tarifas, o que contrasta com a meta dos EUA de reduzir o déficit comercial.

Embora os mercados tenham reagido positivamente, a experiência passada indica que alcançar um acordo definitivo pode ser demorado e complicado, como demonstrado por eventos anteriores desde 2018.

Leia mais em o-globo