Mercados emergentes têm ganhos com venda de ativos dos EUA
Investidores buscam segurança em mercados emergentes diante de preocupações com a economia dos EUA. Moeda de países em desenvolvimento, como zloty e florim, apresentam valorização significativa, enquanto o dólar norte-americano enfrenta pressão.
Mercados em desenvolvimento: moedas e ações sobem no início da semana.
Essa alta é impulsionada pela rotação de investidores que diminuem a exposição aos EUA, buscando ativos subvalorizados.
O indicador MSCI para moedas de países em desenvolvimento subiu 0,3%, registrando o maior ganho mensal desde setembro.
Destaques incluem o zloty polonês e o florim húngaro, que apresentaram valorizações significativas.
Preocupações sobre a desaceleração da economia dos EUA e a possibilidade de demissão de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, têm gerado a política de "venda EUA".
Consequentemente, as ações americanas desvalorizam e o dólar caiu para o menor nível desde o final de 2023.
Jayati Bharadwaj, da TD Securities, prevê que os cortes de juros pelo Fed resultarão em maior desvalorização do dólar, o que seria positivo para os mercados emergentes.
Donald Trump reforçou críticas a Powell, alertando para uma possível desaceleração econômica caso o Fed não corte taxas.
Embora a situação nos EUA tenha atraído investidores para mercados emergentes no curto prazo, uma desaceleração global poderia impactar negativamente essas economias.
Thierry Wizman, do Macquarie Group, alerta que a desaceleração pode afetar essas economias a longo prazo.
Na América Latina, o peso mexicano atingiu a maior cotação em cinco meses em relação ao dólar, enquanto os mercados brasileiros estavam fechados devido a um feriado.
Um índice de ações de mercados emergentes subiu 0,3%, reduzindo perdas acumuladas no mês.
Nos mercados de crédito, as notas corporativas de Angola, Gabão e Colômbia apresentaram desempenho inferior, enquanto o petróleo Brent caiu mais de 2% devido a preocupações com a demanda global por energia.