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Mercado se divide sobre fim de altas da Selic, mas espera decisão unânime do Copom

Mercado aguarda decisão do Copom sobre a Selic entre a manutenção e o aumento da taxa. Economistas divergem, mas unanimidade na votação é esperada para evitar danos à credibilidade do Banco Central.

Divisão no mercado financeiro sobre o futuro da Selic nesta quarta-feira (18).

O Copom deve decidir se mantém a taxa em 14,75%% ao ano ou aumenta em 0,25 ponto percentual, chegando a 15%% – o maior desde julho de 2006.

Entre as 32 instituições consultadas pela Bloomberg, 12 apostam em alta e 20, incluindo Bradesco e Itaú, em manutenção. A expectativa é por uma decisão unânime para evitar dissensos, após o racha de maio de 2022.

Sérgio Werlang, ex-diretor do BC, acredita que o Copom pode interromper o ciclo de altas devido à desaceleração econômica e dados de inflação mais positivos.

A inflação oficial, medida pelo IPCA, caiu para 0,26%% em maio, com redução de preços de alimentos e combustíveis.

Werlang sugere que a Selic permaneça elevada até o final do ano para que os efeitos da política monetária se façam sentir.

Rafaela Vitória, economista-chefe do banco Inter, nota melhora na economia e suporta a manutenção da Selic. Ela alertou sobre a necessidade de evitar cortes precipitantes nos juros.

Fábio Kanczuk, ex-diretor do BC, aposta na alta de 0,25 ponto percentual e menciona o impacto na curva de juros, preconizando que o Copom deve seguir a tendência do Fed.

A opinião dos economistas deve influenciar as futuras decisões do Copom, que parece mais receptivo ao diálogo.

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