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Mercado reduz projeção de inflação para 2025, mas expectativa segue acima da meta

Instituições financeiras continuam a revisar para baixo a inflação projetada para 2025, mas mantém previsões acima da meta estabelecida. Juros permanecem elevados em 15% ao ano, com riscos de novos aumentos dependendo do comportamento inflacionário.

Instituições financeiras reduziram, pela nona semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2025.

Conforme o Boletim Focus do Banco Central, a previsão do IPCA caiu de 5,10% para 5,09%, ainda acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional.

Para 2026, a estimativa passou de 4,45% para 4,44%. As estimativas para 2027 e 2028 continuam em 4% e 3,8%, respectivamente. A meta central de inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais.

Apesar da redução, inflação se mantém acima da meta pelo sexto mês consecutivo. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro da Fazenda explicando o descumprimento, atribuindo à alta dos preços fatores como atividade econômica, câmbio e clima.

A taxa Selic permanece em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos. O Copom indicou que pode manter essa taxa nas próximas decisões, mas não descarta novos aumentos.

A próxima reunião do Copom acontece nos dias 29 e 30 de agosto.

O Boletim Focus prevê Selic de 15% até o fim de 2025, com quedas para 12,5% em 2026 e 10% em 2028. A Selic é essencial para controlar a inflação.

A estimativa de crescimento do PIB em 2025 foi mantida em 2,23%. Para 2026, a previsão subiu para 1,89%. Em 2024, o Brasil cresceu 3,4%, o maior crescimento desde 2021.

A previsão para o dólar ao fim de 2025 caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60, e se manteve em R$ 5,70 para 2026.

O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo Banco Central, com base em mais de 100 instituições financeiras, servindo como um termômetro das expectativas do mercado sobre a economia brasileira.

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