Mercado passa por 1º teste de estresse com crise no Oriente Médio: o que explica?
Apesar das tensões geopolíticas entre Israel e Irã, os mercados mantêm uma calma surpreendente, com investidores mostrando resistência a crises. A confiança do consumidor e dados econômicos positivos reforçam um ambiente de otimismo cauteloso entre os traders.
A situação geopolítica atual leva a tensões nos mercados financeiros.
Aviões de guerra israelenses atacaram instalações nucleares iranianas, provocando uma resposta de Teerã e um aumento no preço do petróleo, que disparou. Apesar disso, os traders optaram por manter a calma.
Desempenho dos mercados:
- Ouro teve uma alta, enquanto ações caíram.
- S&P 500 terminou a semana com queda modesta de 0,4%.
- Petróleo subiu cerca de 8%.
Essa calma relativa deve-se à resiliência dos mercados frente a crises anteriores e dados de inflação e confiança do consumidor melhores do que o esperado.
A ansiedade persiste, com Israel avisando que os ataques podem durar semanas e o Irã prometendo retaliação. O FOMO (medo de ficar de fora) continua a impulsionar os investidores.
Desafios adicionais:
- Trump pretende impor tarifas abrangentes em duas semanas.
- O rendimento dos Treasuries de 10 anos terminou em alta.
Os investidores já absorveram vários choques este ano, favorecendo a recuperação rápida dos mercados após quedas pontuais. Um índice do Société Générale mostrou um forte momentum positivo entre diferentes classes de ativos.
Mas os céticos estão preocupados:
- Leituras extremas em ETFs indicam posicionamento otimista.
- Incertezas sobre a guerra comercial e a inflação continuam.
Por fim, dados econômicos recentes se mostraram favoráveis, com inflação abaixo do esperado e aumento da confiança do consumidor. Se tendências favoráveis se mantiverem, pode-se sustentar a dinâmica de comprar na baixa. O mercado vê o conflito no Oriente Médio como um evento contido.