Mercado já coloca as eleições de 2026 no preço ou ainda é cedo?
Investidores analisam cenário de 2026 com expectativa de corte de juros e reviravoltas eleitorais. Evento da XP Investimentos debate impacto das tarifas de Trump e a performance da Bolsa brasileira no contexto atual.
Movimentação no mercado brasileiro tem ganhado destaque com temas como o tarifaço de Trump e o aumento do IOF. Mesmo assim, investidores já estão de olho nas eleições de 2026.
A pesquisa Genial/Quaest revelou melhora na avaliação de Lula, que tende a vencer as eleições de 2026 em todos os cenários. Contudo, investidores veem isso como negativo devido ao menor compromisso fiscal do petista em comparação à oposição.
Durante o XP Equities Insights, realizado em 16 de outubro, a visão de especialistas, como Christian Keleti e Sara Delfim, é de que o efeito da eleição de 2026 ainda é pouco significativo no mercado. O rali da Bolsa, que superou os 141 mil pontos, é atribuído ao cenário macro global.
A deterioração das expectativas econômicas nos EUA favoreceu mercados emergentes, com o Brasil se destacando como “o mais líquido” na América Latina. Entretanto, o aumento das tarifas de 50% por Trump gerou temores.
Sara Delfim acredita que a Bolsa brasileira está descontada em relação aos seus múltiplos históricos, com empresas domésticas aumentando a geração de caixa.
A pesquisa do Bank of America indica que gestores começarão a focar nas eleições a partir do quarto trimestre de 2025. A expectativa é de que o Ibovespa termine 2025 acima de 140 mil pontos.
O Bradesco BBI acredita que o corte de juros e o ciclo eleitoral devem ser precificados no segundo semestre de 2025, com sinais de movimentações já perceptíveis.