Mercado considera ciclo de alta de juros encerrado e dúvida paira sobre quando Selic cairá
Economistas avaliam estabilidade da Selic em 14,75% com expectativa de cortes a partir de dezembro. O cenário global e a política monetária manterão juros elevados por um período prolongado.
Fim da alta de juros pelo Banco Central: Economistas acreditam que o ciclo de elevações da Selic chegou ao fim, após alta de 3,5 pontos percentuais, atingindo 14,75% ao ano.
Cenário atual: O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, afirma que o BC deve ser conservador nas próximas avaliações devido às incertezas globais, mesmo com a trégua entre EUA e China.
Oliveira destaca a importância de acompanhar o hiato do produto e os desvios da inflação para calibrar a política monetária.
Tendência para os juros: Oliveira prevê que a Selic permaneça em 14,75% até outubro, com possibilidade de corte no último trimestre.
Redução da Selic em dezembro: Fernando Honorato Barbosa, do Bradesco, indica que a economia deve desacelerar, permitindo uma gradual desinflação, com cortes da Selic sendo considerados para dezembro.
Dúvidas persistentes: Barbosa lista três incertezas a serem monitoradas: funcionamento da política monetária, estímulos governamentais e efeitos globais das tarifas.
Visão do Itaú Unibanco: Mário Mesquita afirma que a Selic deve se manter em 14,75% ao ano até o final do ano, sem espaço para cortes em 2023.
Expectativas futuras: Mesquita projeta que os cortes de juros ocorrerão ao longo de 2026, com a Selic chegando a 12,75%.