Mercadante sai em defesa de Haddad e diz que país já conviveu com IOF 'muito mais alto'
Mercadante afirma que o BNDES irá aumentar o crédito para a indústria e critica a alta taxa Selic. Ele defende a colaboração entre governo, Parlamento e sociedade para enfrentar os desafios fiscais do país.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante evento no Rio, criticou a taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano, e reafirmou que o Brasil pode aumentar o crédito industrial para R$ 300 bilhões até 2030.
Mercadante afirmou que o IOF tem uma “função monetária” de gerar receita, enquanto a Selic aumenta o endividamento. Ele sugeriu a possibilidade de redução gradual da Selic e propôs aumentar os impostos sobre casas de apostas para melhorar a arrecadação.
Em apoio a Haddad, Mercadante destacou: “O ministro não pode ficar sozinho com um desafio gigantesco”, enfatizando a necessidade de colaboração entre Parlamento, sociedade e empresários para enfrentar o desafio fiscal.
Mercadante também comentou sobre a crise global e a guerra comercial, afirmando que isso pode beneficiar a agricultura brasileira. Ele mencionou a importância da cúpula dos Brics e da COP30, destacando a relevância de um comércio multilateral e parcerias internacionais.
Por fim, reforçou a necessidade de evitar uma nova guerra fria entre China e Estados Unidos, ressaltando que o BNDES busca promover um futuro promissor para a indústria brasileira.