Mercadante critica possibilidade de encarecimento das debêntures de infraestrutura
Mercadante defende diálogo para evitar encarecimento das debêntures de infraestrutura e critica aumento da tributação. Ele destaca a importância desse financiamento para a indústria da construção civil e projeções de modernização de infraestruturas no Brasil.
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, criticou o aumento da tributação das debêntures de infraestrutura.
Ele busca diálogo com o Congresso Nacional e o governo federal para evitar o encarecimento da modalidade, que é essencial para financiar a indústria da construção civil pesada.
Mercadante disse: "Não podemos encarecer as debêntures, porque são elas que estão financiando essa alavancagem da estrutura."
A tributação sobre as debêntures aumentou de 15% para 25% como parte de uma medida provisória para ajustar o orçamento, gerando tensão no governo Lula.
Ele comentou sobre a modernização da Via Dutra, citando um financiamento de R$ 12 bilhões, onde o pedágio é a garantia do investimento.
Mercadante destacou o Fundo Clima e a TR (taxa referencial) como instrumentos para incentivar investimentos em projetos de descarbonização, transição energética e inovação.
Ele também enfatizou a importância de alavancar investimentos em minerais críticos, afirmando que o Brasil não deve ser apenas exportador desses recursos.
Além disso, o presidente do BNDES elogiou a atuação do Brics em tempos de crise global, declarando que o grupo é a "vanguarda do Sul Global".
O evento contou com a presença do embaixador da China, Zhu Qingqiao, e da presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff.